Visão geral

Visão geral da MUCOMBO Wildlife & Biodiversity

  • Publicado em INSTITUCIONAL

A MOCUMBO Wildlife & Biodiversity - abreviadamente designada por MWB - é uma estação[1] de investigação científica, tipologicamente uma unidade de investigação, de desenvolvimento tecnológico e de inovação que desenvolve investigação cobrindo a área da Península de Machangulo[2], focalizada tematicamente na vida selvagem e biodiversidade, tal como condicionada pelo ecossistema local, abrangendo áreas terrestes, lacustres e da linha de costa oceânica.

Pensar globalmente, agir localmente.

Governo

A MWB é uma instituição moçambicana, de direito privado e sem fins lucrativos, com autogoverno e dotada de autonomia estatutária, regulamentar, programática, científica, cultural, pedagógica, administrativa, disciplinar, e dotada de património e receitas próprias, integrada no modelo organizativo do MOZWILD Wildlife & Biodiversity, que detém a tutela e supervisão.

Génese

Com base na análise do actual e acelerado processo de globalização e degradação ambiental, potenciado pelo ainda incontrolado aumento demográfico, a MWB nasceu da necessidade de haver-se uma acção local para benefício das pessoas e do planeta, contribuindo para preservar um mundo rico em biodiversidade, saudável, sustentável e resiliente para as gerações actuais e futuras[3].

Visão

"um mundo rico em biodiversidade com ecossistemas saudáveis, resilientes e sustentáveis"

Potenciar a gestão integrada da paisagem da Península de Machangulo, dotada de qualidades estéticas, ecológicas e culturais específicas e excepcionais, incentivando um desenvolvimento de actividades que beneficiem e promovam serviços ecológicos, num quadro de documentação, salvaguarda, valorização e dinamização do património cultural e natural.

Missão

"contribuir para a conservação da natureza e da biodiversidade"

Contribuir para a conservação da natureza e da biodiversidade num quadro multidisciplinar, transdisciplinar e multissectorial, integrando actividades das ciências da terra, físicas e naturais, das ciências sociais e humanas, alinhando-se com os valores e princípios da filosofia do desenvolvimento sustentável, desenrolando a sua actividade científica com base nos princípios orientadores da liberdade de investigação, da responsabilidade, da cooperação interinstitucional, e da boa prática científica, complementando a sua acção com o desenvolvimento humano e comunitário.

Lema

viver em harmonia com a natureza

Organização da actividade

A MWB organiza a sua actividade na esfera de um programa estratégico, estruturado em componentes e objectivos estratégicos, que define temas abrangentes donde se desenrolam linhas e projectos de investigação e desenvolvimento, centrados e dirigidos para os resultados, implementados por grupos constituídos por técnicos e um coordenador.

Estrutura interna

A estrutura interna da MWB constitui-se num modelo organizacional simples, flexível e de base matricial, que promove a interacção entre as suas unidades e subunidades orgânicas, as quais se devem pautar por princípios de economia, eficácia e eficiência na utilização dos recursos existentes ou que lhes forem especialmente alocados, promovendo sinergias e a partilha de meios e recursos, procurando a simplificação, a desburocratização, a celeridade dos procedimentos administrativos, e centrando e dirigindo a sua acção para os resultados, num quadro de responsabilidades, transparência, objectividade, ética e disciplina.

Cooperação

A MWB potencia o seu trabalho através da cooperação que interliga as comunidades locais, os parceiros estratégicos para o desenvolvimento (entre estes os fornecedores oficiais, patrocinadores oficiais, mecenas, entidades e autoridades públicas), os voluntários, os embaixadores de boa vontade (incluindo os jovens embaixadores de boa vontade), e os grupos associados, que conjuntamente incrementam os factores de escala, dimensão e impacto gerado.

Vida

A vida na instituição organiza-se em torno dos membros e colaboradores, enriquecida pela presença regular dos habitantes locais, dos visitantes externos e por um ambiente de cultura, lazer, liberdade de expressão e fertilização do espírito, de estímulo ao desenvolvimento da crítica racional e das ideias criativas e inovadoras, potenciado pelas maravilhas naturais e culturais da Ponta Mucombo, donde decorre e emana um enfoque da sua acção e influência para todo o território da Península de Machangulo, que tão magicamente fascinam o visitante.

Mais informações


Procure saber mais consultando as seguintes páginas:

Temas estratégicos
Organização interna
Investigação
Desenvolvimento

Notas informativas


[1] O Regulamento de Licenciamento e Funcionamento das Instituições de Investigação Científica, de Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação [Decreto n.º15/2019, de 14 de Março, do Conselho de Ministros, BR - I SÉRIE - Número 51, de 14 de Março] estabelece que "Estação de Investigação Científica é uma unidade que desenvolve investigação cobrindo uma área de actuação restrita, focalizada em termos temáticos e geográficos e condicionada pelo ecossistema".

[2] A Península de Machangulo fica localizada no sudoeste de Moçambique, no Distrito de Matutuíne, na Província de Maputo.

[3] Para uma informação mais detalhada, consulte o Preâmbulo dos Estatutos.

Para informações com mais detalhe sobre a organização interna, por favor consulte os estatutos:

ESTATUTOS


"O homem é ao mesmo tempo criatura e escultor do seu ambiente, o que lhe dá sustento físico e lhe proporciona a oportunidade de crescimento intelectual, moral, social e espiritual. Na longa e tortuosa evolução da raça humana neste planeta, foi alcançada uma fase em que, através da rápida aceleração da ciência e da tecnologia, o homem adquiriu o poder de transformar o seu ambiente de inúmeras maneiras e numa escala sem precedentes. Ambos os aspectos do ambiente do homem, o natural e o criado pelo homem, são essenciais para o seu bem-estar e para o gozo dos direitos humanos básicos - até mesmo o direito à própria vida ."

Excerto do preâmbulo da Declaração da Conferência das Nações Unidas na Conferência sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972).


Fotografia © João Barra Góias

A conservação da biodiversidade
é a chave da nossa sobrevivência
enquanto espécie e neste planeta.

"O ambiente natural fornece as condições básicas sem as quais a humanidade não poderia sobreviver.

A vida no planeta azul está contida na biosfera, um fino e irregular envelope à volta da superfície da Terra, a apenas alguns quilómetros de profundidade em torno do raio do globo terrestre. Nela, os ecossistemas purificam o ar e a água que são a base da vida. Eles estabilizam e moderam o clima da Terra. A fertilidade do solo é renovada, os nutrientes são reciclados e as plantas são polinizadas.

Embora os cientistas sejam agora capazes de apreciar a complexidade desta rede de processos naturais interactivos, ainda estamos muito longe de compreender como todos eles se encaixam. O que sabemos é que se alguma parte da rede quebrar, o futuro da vida no planeta estará em risco.

A diversidade biológica – a variabilidade da vida na Terra – é a chave para a capacidade da biosfera de continuar a fornecer-nos estes bens e serviços ecológicos e, portanto, é a política de garantia de vida da nossa espécie.

No entanto, enquanto espécie, estamos a degradar e, em alguns casos a destruir, a capacidade da diversidade biológica de continuar a prestar estes serviços. O século 20 assistiu a um aumento de quatro vezes no número de humanos e a um crescimento de dezoito vezes na produção económica mundial. Com estes surgiram padrões de consumo insustentáveis e a utilização de tecnologias ambientais prejudiciais. Somos agora mais de seis mil milhões e estamos a colocar tensões sem precedentes na capacidade de resposta do planeta. Pior ainda, os frutos deste crescimento estão divididos de forma extremamente desigual. Embora alguns desfrutem de melhores padrões de vida do que em qualquer época da história, quase metade da população mundial é injustificadamente pobre, vivendo com menos de 2 dólares por dia. Pior ainda, os pobres sofrem desproporcionalmente com os danos causados ao ambiente.

No século XXI, resistiremos ou cairemos na nossa capacidade de erradicar colectivamente a pobreza, garantir os direitos humanos e assegurar um futuro ambientalmente sustentável. A liberdade da carência, a liberdade do medo e a sustentabilidade do nosso futuro fazem todos parte da mesma equação.

A comunidade mundial reconheceu isso. Nos últimos dez anos, as Nações Unidas convocaram uma série de reuniões de cimeira e negociações para adoptar instrumentos jurídicos e programas de acção sobre questões fundamentais: educação, direitos das crianças, ambiente e desenvolvimento, direitos humanos, população e desenvolvimento, desenvolvimento social, o direito das mulheres, dos assentamentos humanos e da segurança alimentar. Os instrumentos jurídicos e políticos estão, na sua generalidade, em vigor. O que é necessário agora é garantir que sejam implementados.

A Convenção sobre Diversidade Biológica é um desses instrumentos. A Convenção foi aberta para assinatura na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em Junho de 1992. Entrou em vigor no final de 1993 e foi já ratificada pela esmagadora maioria dos países, para os quais lhes é agora um compromisso juridicamente vinculativo de conservar a diversidade biológica, de utilizar de forma sustentável os seus componentes e de partilhar equitativamente os benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos."

Klaus Töpfer
Director Executivo (1998-2006)
UNEP

Sustaining life on earth
How the Convention on Biological Diversity promotes nature and human well-being

© Secretariado da Convenção sobre a Diversidade Biológica, Abril 2000.