Princípios da investigação e desenvolvimento
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Princípios da investigação e desenvolvimento
No sentido de se harmonizar com as normas e os padrões universalmente reconhecidos e recomendados para a implementação uniforme nas instituições que se dedicam à investigação científica e desenvolvimento tecnológico e da inovação, e, em particular, no sentido da convergência para o sistema nacional moçambicano de ciência e tecnologia, a MWB adopta os seguintes princípios gerais da investigação e desenvolvimento tecnológico e que devem ser prosseguidos internamente pelos grupos de trabalho nos respectivos projectos e demais actividades:
Liberdade de investigação
Liberdade de auto-organização, de autorregulação, de determinação dos seus objectivos e de escolha dos seus projectos de investigação, sem prejuízo de exercer as suas actividades nos termos da lei e dos padrões éticos e académicos.
Responsabilidade
A responsabilidade é indissociável da liberdade de investigação, pelo que os investigadores são responsáveis pelas consequências da divulgação ou não divulgação dos resultados das sua actividade de I&DT, sempre que estiverem em causa questões relevantes para a segurança ou saúde públicas.
Capacitação científica
Os investigadores devem contribuir para a capacitação científica e tecnológica da instituição e da sociedade, através da formação e valorização social de recursos humanos dedicados à investigação, promovendo, sempre que possível, a articulação com outras instituições congéneres e as instituições de ensino superior.
Promoção do emprego científico
Os investigadores devem adoptar uma cultura responsável de promoção do emprego científico, num contexto organizativo versátil e aberto à inovação, propício à progressão e à renovação contínua dos seus recursos humanos e ao desenvolvimento de carreiras científicas, promovendo a formação profissional do pessoal que nelas exerça a sua actividade profissional, fomentando, pelos meios adequados, a sua constante valorização pessoal, profissional e cultural.
Integridade
Os investigadores devem pautar a sua actividade pela integridade institucional e individual, em conformidade com os princípios orientadores das melhores práticas científica internacionais, adoptando os procedimentos adequados à sua efectivação, considerando, designadamente, as melhores práticas de conduta e os padrões éticos fundamentais reconhecidos e adequados à sua área científica, incluindo a responsabilidade social da investigação, a utilização de financiamento privado e público de acordo com os princípios da economia, eficiência e eficácia e o combate activo à fraude académica e científica.
Ciência aberta
Os investigadores devem contribuir para uma ciência aberta, de acordo com as melhores práticas internacionais, garantindo o acesso livre e aberto do público ao conhecimento científico e promovendo o envolvimento e interacção com a sociedade.
Promoção da cultura científica e tecnológica
Os investigadores devem fomentar a cultura científica e tecnógica, designadamente através de:
- Divulgação, pelos meios adequados, dos resultados das suas actividades de I&DT que não tenham carácter confidencial, contribuindo para uma ciência aberta, nos termos da secção anterior (‘ciência aberta’).
- Difusão do conhecimento científico e tecnológico.
- Realização de acções de promoção da cultura científica, especialmente junto das crianças e jovens, proporcionado o contacto directo destes com a instituição e os projectos de investigação e desenvolvimento tecnológico em curso.
- Disponibilização de informação pública actualizada, designadamente através de plataformas digitais, contendo uma apresentação da instituição e das actividades de I&DT.
- Fomento da participação do público em actividades de I&DT e na concepção de agendas de ciência e tecnologia.
- Disponibilização ao público, sempre que possível e dentro das capacidades existentes, das estruturas e infraestruturas de apoio à produção do conhecimento, nomeadamente arquivos, bibliotecas, repositórios digitais e laboratórios.
Cooperação
Os investigadores devem promover formas de cooperação com as entidades relevantes, de âmbito nacional e internacional, como forma de potenciar a criação e disseminação do conhecimento e das suas actividades de I&DT, podendo associar-se, ou promover parcerias colaborativas e o desenvolvimento de redes de trabalho em conjunto, a outras entidades congéneres externas, designadamente de modo a partilhar recursos humanos e materiais e a desenvolver estratégias conjuntas de afirmação nacional e internacional.
Internacionalização
A participação em programas europeus ou de outras organizações multilaterais de apoio às actividades de I&DT deve ser coordenada e articulada entre diferentes grupos de delegados, pontos de contacto, peritos e outros elementos de ligação, de modo a valorizar um posicionamento integrado do MWB e a potenciar a intervenção dos seus projectos e linhas de desenvolvimento, sendo que a participação do MWB em organizações internacionais de ciência e tecnologia deve ser apoiada, promovida e divulgada no meio científico, académico e empresarial, fomentando a criação e o crescimento de empresas de base científica e tecnológica e o estabelecimento de parcerias internacionais estratégicas, em todas as áreas do conhecimento.
Interacção entre conhecimento e a inovação
Os investigadores devem, sempre que possível, implementar mecanismos e meios diversificados de interface que permitam a valorização social e económica do conhecimento e a sua utilização no estímulo à inovação, sem prejuízo da natureza dinâmica, interactiva e não linear da interação entre a produção, a difusão de conhecimento e a inovação.