Elisa Amélia Tembe

Elisa Amélia Tembe

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Notas biográficas

Sou Elisa Amélia Tembe, nascida em Durban (República da África do Sul) em 28 de Agosto de 1993, e sou cidadã moçambicana residente em Madjadjane, na localidade de Salamanga, distrito de Matutuíne (Maputo, Moçambique), donde é originária a minha família.

Notas pessoais

Sou funcionária do Parque Nacional de Maputo, no sector do turismo, com a profissão de assistente turística e cargo de recepcionista, e encontro-me actualmente a complementar a minha formação superior através do curso de Licenciatura em Gestão de Turismo, pelo UNISCED-Maputo.

Sou Membro Fundador e Secretária da Missão Majajane, uma instituição de índole humanitária sem fins lucrativos, constituída como uma missão em África, que nasceu da vontade de um grupo de pessoas em implementar um programa integrado de apoio ao desenvolvimento humano e comunitário em Moçambique, organizando a sua actividade em 12 áreas de intervenção, na qual dedico grande parte dos meus esforços durante os meus dias de folga do Parque.

A minha história com a Missão Majajane começou em Dezembro de 2018 quando conheci um dos outros membros fundadores e iniciámos o processo que conduziu, em 25 de Dezembro de 2020, à sua criação institucional. Tendo tomado posse do meu cargo de Secretária em 23 de Janeiro de 2021, desde logo iniciámos esforços na realização da primeira campanha de apoio a crianças e jovens alunos, que se veio a realizar nesse mesmo ano junto da Escola Primária Completa de Madjadjane, onde eu mesmo havia estudado em criança.

A Missão Majajane tem sido importante no meu percurso pessoal e formativo, e nela tenho encontrado tudo o que eu mais gostava, conhecer pessoas novas e maravilhosas, cheias de amor e dedicação, com enorme motivação e entusiasmo em trabalhar em equipa, com muita dedicação e um incrível espírito de união e partilha. O trabalho de ajudar os outros é muito gratificante, é uma oportunidade para aprendermos mais uns dos outros, e estarmos mais conscientes no nosso papel na sociedade. O que nós alcançamos através do acto de ajudar os outros alimenta a alma deles de vida, transborda a nossa esperança, e dá significado à nossa própria vida ao poder contribuir em algo positivo para o mundo. Sem sacrifício e trabalho duro, nada se consegue. O caminho pode ter sido difícil, às vezes até demais, mas o importante está em manter a confiança uns nos outros e nunca desistir ou afastar o olhar da meta que queremos atingir.

Por outro lado, o meu trabalho no Parque Nacional de Maputo deixou-me apaixonada pela natureza e a sua biodiversidade. Foi no Parque onde aprendi o maior valor e a importância de poder cuidar dos animais e conservar o meio ambiente. Um animal vivo é mais valioso do que morto, porque com a sua existência sustenta várias famílias com a receita advinda da visita de um turista, que se distribui transversalmente pelas agências de viagens, as transportadoras (actividades de safari), as bombas de combustível, os restaurantes, as portagens rodoviárias até se chegar no próprio Parque, entre outros. Sem a existência dos animais, e sem o Parque, não teríamos emprego e muitas famílias estariam desempregadas. Quem trabalha numa área de conservação, como eu, facilmente compreende estes aspectos e suas interligações.

Assim é que estas duas linhas de desenvolvimento pessoal e profissional, uma dirigida ao apoio ao desenvolvimento humano e comunitário, e outra dirigida à conservação da natureza e da biodiversidade, que intimamente se interligam e reciprocamente se dinamizam no contexto moçambicano, naturalmente fazem valorizar a decisão em abraçar com motivação e alegria a enorme oportunidade de formular e implementar um programa que integre harmoniosamente os objectivos a elas dirigidos, através da acção da Mucombo Wildlife & Biodiversity.

Espero, sinceramente, que estas minhas palavras possam servir de estímulo a outros para se associarem ao nosso colectivo esforço de salvaguardar um dos nossos mais importantes pilares da riqueza do nosso Moçambique: o seu património natural.


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